O desenvolvimento
motor é o resultado da maturação de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho
e complexidade do sistema nervoso central, crescimento dos ossos e músculos.
São portanto comportamentos não aprendidos que surgem espontaneamente desde que
a criança tenha condições adequadas para exercitar-se. Esses comportamentos não
se desenvolverão caso haja algum tipo de distúrbio ou doença. Podemos notar que
crianças que vivem em creches e que ficam presas em seus berços sem qualquer
estimulação não desenvolverão o comportamento de sentar, andar na época
adequada que futuramente apresentarão problemas de coordenação e motricidade As
principais funções psicomotoras é um bom desenvolvimento da estruturação do
esquema corporal que mostre a evolução da apresentação da imagem do corpo e o
reconhecimento do próprio corpo, evolução de preensão e da coordenação
óculo-manual que nos proporciona a fixação ocular e prensão e olhar e
desenvolvimento da função tônico e da postura em pé e reflexos arcaicos da
estruturação espaço-temporal (tempo, espaço, distância e retina) Um perfeito
desenvolvimento de nosso corpo ocorre não somente mecanicamente, mas sim que
são aprendidos e vivenciados junto a família, onde a criança aprende a formar a
base da noção de seu 'eu corporal'. Não podemos esquecer de citar a importância
dos sentimentos da criança na fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois
um esquema corporal mal estruturado pode determinar na criança um certo
desajeitamento e falta de coordenação, se sentindo insegura e isso poderá
desencadear uma série de reações negativas como: agressividade, mal humor,
apatia que às vezes parece ser algo tão simples poderá originar sérios
problemas de motricidade que serão manifestados através do comportamento.
A Psicomotricidade
se preocupa com o desenvolvimento neuromuscular, que mais tarde a inteligência
e a motricidade se tornam independentes rompendo sua simbiose, que só
reaparecerá nos casos de retardo mental. Esquema corporal é estudado pela
Psicomotricidade a onde representa ser a imagem do corpo um intuitivo que a
criança tem de seu próprio corpo. Dentro do esquema corporal a psicomotricidade
estuda o surgimento de alguns distúrbios como a asquematia que é a perda da
percepção topológica do corpo; parasquematia é a confusão de diferentes r
desenvolvimento neuromuscular que mais tarde a inteligência e a motricidade se
tornam independentes rompendo sua simbiose, que só reaparecerá nos casos de
retardo mental. Esquema corporal é estudado pela Psicomotricidade a onde
representa ser a imagem do corpo um intuitivo que a criança tem de seu próprio
corpo. Dentro do esquema corporal a psicomotricidade estuda o surgimento de
alguns distúrbios como a asquematia que é a perda da percepção topológica do
corpo; parasquematia é a confusão de diferentes regiões do corpo ou a
representação de partes do corpo que não existem. O esquema postural para a
psicomotricidade é a imagem tridimensional do nosso corpo e a imagem do corpo humano
é a imagem do nosso próprio corpo que formamos em nosso espírito, que por
outras palavras é o modo como o nosso corpo se apresenta a nós mesmos. A
psicomotricidade interessa-se pelo movimento que certo comportamento tônico
subentende, quanto pela relação, a diminuição do tono trará a descontração
muscular. As manifestações emocionais que implicam a problemática da emoção
pertencem a uma ordem de preocupações muito antiga da Psicologia Clássica. Toda
e qualquer emoção tem sua origem no domínio postural "exemplo": como
para uma criança de 6 anos receber um grito de um adulto, fará com que ocorra
um aumento da tensão, por conseguinte desencadeará reações emocionais que são
traduzidas como mal-estar ou com sentir-se meio mole, sem coordenação nas
pernas. A comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora, uma vez
que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do
corpo, da gestualidade ela resiste a ser uma educação mecânica do corpo. Assim
graças a língua, o homem vive num mundo de significações, os gestos querem
dizer alguma coisa, o corpo tem um sentido que ele pode sempre interpretar e
traduzir. Existem os comportamentos inatos que a criança manifesta, pois
variadas formas desde o seu nascimento por exemplo, o grito pode ser
interpretado como dor que pode também não ser de sofrimento. Exemplo bocejo,
espirro, salivação que são manifestações primitivas, também de emoções que
devem ser orientadas e educadas no sentido de controle das próprias modalidades
do meio-familiar e social da criança. Comportamentos aprendidos são
comportamentos que aprendemos no decurso das aprendizagens básicas como higiene
pessoal, alimentação, essa aquisição formará toda a nossa personalidade. O
corpo dá a ler, coloca em cena tanto a personalidade como o meio que ela foi
educada.
Perturbação da
Comunicação na reeducação Psicomotora que é caracterizada pelos distúrbios
vocais, defeitos de pronúncia e a troca de S por CH, etc.; gestos: cacoetes. O
corpo traduz as nossas palavras para traduzir os nossos desejos. O
desenvolvimento (psicomotor) da criança é de fundamental importância para a
psicomotricidade. É preciso que a criança possa integrar cada um de seus
progressos antes de adquirir um novo. A lateralidade é um problema também
estudado pela psicomotricidade, é um elemento importante da adaptação
psicomotora. Segundo Jean Claude: o hemisfério esquerdo é quem governa o braço
direito de um destro, e não é habitual que possa mudar essa constituição
cerebral. Importante sabermos que se o indivíduo amputar o braço direito, se
for destro, continuará falando e escrevendo com o cérebro esquerdo. A
destralidade verdadeira é a dominância cerebral que está a esquerda, sendo que
todas as matrizes são determinadas a direita (o hemisfério esquerdo comandará o
hemicorpo direito que leva o indivíduo a uma utilização preferencial desse
hemicorpo na realização prática. A falsa sinistralidade. Trata-se de um
acidente sendo o sinitrismo (também chamado de mananismo conseqüente de uma
paralisia, de uma amputação, que tornou impossível a utilização do braço
direito, para o indivíduo destro foi originalmente impedido de ser, para Jean
Claude indivíduo canhoto - principais comandos hemisfério direito. Dominância
lateral ocorre a partes do momento em que os movimentos se combinam e se
organizam numa intenção motora é que se impõe e justifica a presença de um lado
predominante que irá ajustar a motricidade. Reconhecimento direita-esquerda
decorre da assimetria direita esquerda e constitui uma primeira etapa na
orientação espacial é precedida pela distinção frente-atrás (conscientização do
eixo corporal - 6 anos). Evolução da lateralidade: a partir dos 7 anos a
criança será capaz de projetar em outra pessoa a partir de seu próprio corpo a
direita e a esquerda já não dependem somente uma da outra, mas sim do ponto de
vista da pessoa que as considera. A lateralização participa em todos os níveis
de desenvolvimento da criança. O objetivo da reeducação Psicomotora - Ë uma
técnica que constitui em torno de técnicas que têm por objetivo eliminar no
indivíduo mecanismos e hábitos, cuja aquisição deu lugar à perturbações que o
conduziram a reeducação. Devemos salientar a diferença entre os termos:
Psicocinética - reservamos aquelas atividades que utilizam o corpo humano como
sua principal fonte de material. E seu objetivo prioritário é o desenvolvimento
e o aprimoramento de mediadores, ou seja, elementos básicos que significamente
influem na vida intelectual da criança e que se encontram subjacente ao
aprendizado da leitura e da escrita. Psicomotricidade tem como objetivo
desenvolver o aspecto comunicativo do corpo, o que equivale a dar ao indivíduo
a possibilidade de dominar seu corpo aperfeiçoando o seu equilíbrio.
Para fins didáticos
subdividiremos a psicomotricidade em áreas que, embora citadas isoladamente,
agirão quase sempre vinculadas umas às outras; entenderemos por "Prática
Psicomotora" todas as atividades que visam estimular as várias áreas que
mencionaremos a seguir:
A linguagem é
função de expressão e comunicação do pensamento e função de socialização.
Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar - verbal e gestualmente - no
mundo. Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da articulação e da
respiração, incluem-se nesta área os exercícios fono articulatórios e respiratórios.
Percepção é a
capacidade de reconhecer e compreender estímulos recebidos. A percepção está
ligada à atenção, à consciência e a memória. Os estímulos que chegam até nós
provocam uma sensação que possibilita a percepção e a discriminação. Primeiramente
sentimos, através dos sentidos: tato, visão, audição, olfato e degustação. Em
seguida, percebemos, realizamos uma mediação entre o sentir e o pensar. E, por
fim, discriminamos - reconhecemos as diferenças e semelhanças entre estímulos e
percepções. A discriminação é que nos permite saber, por exemplo, o que é verde
e o que é azul, e a diferença entre o 1 e o 7. As atividades propostas para
esta área devem auxiliar o desenvolvimento da percepção e da discriminação.
A coordenação
motora é mais ou menos instintiva e ligada ao desenvolvimento físico. Entendida
como a união harmoniosa de movimentos, a coordenação supõe integridade e
maturação do sistema nervoso. Subdividiremos a coordenação motora em
coordenação dinâmica global ou geral, visomanual ou fina e visual. A
coordenação dinâmica global envolve movimentos amplos com todo o corpo (cabeça,
ombros, braços, pernas, pés, tornozelos, quadris etc.) e desse modo 'coloca
grupos musculares diferentes em ação simultânea, com vistas à execução de
movimentos voluntários mais ou menos complexos". A coordenação visomanual
engloba movimentos dos pequenos músculos em harmonia, na execução de atividades
utilizando dedos, mãos e pulsos. A coordenação visual refere-se a movimentos
específicos com os olhos nas mais variadas direções. As atividades psicomotoras
propostas para a área de coordenação estão subdivididas nessas três áreas.
A orientação ou
estruturação espacial/temporal é importante no processo de adaptação do
indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado, ocupa
necessariamente um espaço em um dado momento. A orientação espacial e temporal
corresponde à organização intelectual do meio e está ligada à consciência, à
memória a às experiências vivenciadas pelo indivíduo.
A criança percebe
seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu corpo ocupa um espaço no
ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe sons, sente cheiros e
sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro, o referencial. A
noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos disponibilidade e
adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação entre o vivido e
o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de nós mesmos, do
outro e dos objetos. O esquema corporal, da maneira como se constrói e se
elabora no decorrer da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada
de consciência sucessiva de elementos distintos, os quais, como num
quebra-cabeça, iriam pouco a pouco encaixar-se uns aos outros para compor um
corpo completo a partir de um corpo desmembrado. O esquema corporal revela-se
gradativamente à criança da mesma forma que uma fotografia revelada na câmara
escura mostra-se pouco a pouco para o observador, tomando contorno, forma e
coloração cada vez mais nítidos. A elaboração e o estabelecimento deste esquema
parecem ocorrer relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente
terminada por volta dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de
um corpo 'objetivo', estruturado e representado como um objeto físico, cujos
limites podem ser traçados a qualquer momento, existe uma experiência precoce,
global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar muito no
desenvolvimento ulterior da imagem e da representação de si. O conceito
corporal, que é o conhecimento intelectual sobre partes e funções; e o esquema
corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e partes do corpo. O
esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo. Quando tratamos de
conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é a bússola de nosso
corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A lateralidade diz
respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade desigual de
cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo do
desenvolvimento da experiência. Perceber que o corpo possui dois lados e que um
é mais utilizado do que o outro é o início da discriminação entre a esquerda e
direita. De início, a criança não distingue os dois lados do corpo; num segundo
momento, ela compreende que os dois braços encontram-se um em cada lado de seu
corpo, embora ignore que sejam "direito" e "esquerdo". Aos
cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um pé do outro. Em
seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criança tem
noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos pares,
apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas,
mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com precisão quais são as partes direita e
esquerda de seu corpo. As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir
boa noção de espaço e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo,
aos objetos, às pessoas e aos sinais gráficos. Alguns estudiosos preferem
tratar a questão da lateralidade como parte da orientação espacial e não como
parte do conhecimento corporal.
A matemática pode
ser considerada uma linguagem cuja função é expressar relações de quantidade,
espaço, tamanho, ordem, distância, etc. A medida em que brinca com formas,
quebra-cabeças, caixas ou panelas, a criança adquire uma visão dos conceitos
pré simbólicos de tamanho, número e forma. Ela enfia contas no barbante ou
coloca figuras em quadros e aprende sobre sequência e ordem; aprende frases:
acabou, não mais, muito, o que amplia suas ideias de quantidade. A criança
progride na medida do conhecimento lógico-matemático, pela coordenação das
relações que anteriormente estabeleceu entre os objetos. Para que se construa o
conhecimento físico (referente a cor, peso, etc.), a criança necessita ter um
sistema de referência lógico-matemático que lhe possibilite relacionar novas
observações com o conhecimento já existente; por exemplo: para perceber que um
peixe é vermelho, ela necessita um esquema classificatório para distinguir o vermelho
de todas as outras cores e outro esquema classificatório para distinguir o
peixe de todos os demais objetos que conhece.
As habilidades
psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no processo de alfabetização. A
aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como: • dominância
manual já estabelecida (área de lateralidade);
• conhecimento
numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas existem nas letras
m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de habilidades conceituais);
• movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de movimentos
delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas de uma página com os
olhos ou os dedos, preensão adequada para segurar lápis e papel e para folhear
(área de coordenação visual e manual); • discriminação de sons (área de
percepção auditiva);
• adequação da
escrita às dimensões do papel, reconhecimento das diferenças dos pares b/d,
q/d, p/q etc., orientação da leitura e da escrita da esquerda para a direita,
manutenção da proporção de altura e largura das letras, manutenção de espaço
entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (áreas de percepção visual,
orientação espacial, lateralidade, habilidades conceituais); • pronúncia
adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (área de comunicação e
expressão); • noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e
palavras (área de orientação têmporo-espacial); • capacidade de decompor
palavras em sílabas e letras (análise);
• possibilidade de
reunir letras e sílabas para formar novas palavras (síntese).
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